terça-feira, 4 de agosto de 2015

MISSÕES: PERSEGUIÇÃO E MORTE

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A história da Igreja foi marcada por perseguições. O próprio Senhor Jesus, os apóstolos e todos aqueles que fielmente pregaram e viveram segundo os princípios do Evangelho foram vítimas das mais cruéis e sanguinárias ações.

As primeiras perseguições contra a Igreja estão registradas no livro de Atos (At 4.1-22; 5.17-42; 6.8-15; 7.54-60; 8.1-3; 12.1-19; 14.1-7; 19-20; 16.19-26; 35-40; 17.13; 18.5-11; 19.23-41; 20.1-3; 21.27-36, 22-30; 23.12-35; 24.1-27; 25.1-12 ss.).

Os primeiros perseguidores da Igreja foram os líderes judaicos da época:

"Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus, ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos; e os prenderam, recolhendo-os ao cárcere até ao dia seguinte, pois já era tarde." (At 4.1-3, ARA)

"Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, tomaram-se de inveja, prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública." (At 5.17-18, ARA)

Cairns (1988, p. 46) interpreta as causas desta perseguição ao crescimento rápido da Igreja, que representou para os opositores uma ameaça às suas prerrogativas de intérpretes e e sacerdotes da lei. O Sinédrio, uma organização política e religiosa, sob a permissão romana agiu contra a Igreja. Foi nesta fase da perseguição que Estevão e Tiago foram mortos.

Comentando sobre o relato do martírio de Estevão em Atos 1.8b, Marshall (2008, p. 146) entende que o sucesso deste ataque foi o sinal para um ataquem em maior escala contra a igreja em Jerusalém. Pela primeira vez a palavra "perseguição" (gr. diogmos) ocorre em Atos, significando aqui: "oprimir alguém a fim de persuadí-lo a rejeitar a sua religião, ou simplesmente atacar alguém por motivos religiosos." Kistemaker (2006, p. 383), destaca que o final - mos, aplicado ao substantivo grego, indica ação que se encontra em progresso.

Sobre essa perseguição Williams (1996, p. 174) diz que:

Até agora os saduceus é que haviam sido os principais antagonistas dos cristãos (cp. 4:1, 5s; 5:17), enquanto os fariseus, se é que Gamaliel serve de critério, de alguma forma haviam adotado uma posição mais neutra (5:34 ss). Mas Paulo, um fariseu (23:6; Fl 3:5), resolve abandonar a posição mais suave preconizada por seu mestre, e passa a liderar um movimento organizado com o objetivo de desarraigar a nova doutrina.

Stott (2003, p. 162), percebe uma tríplice intenção de Lucas na narrativa do martírio de Estevão. São elas:

- Mostrar como o martírio de Estevão provocou uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. "Ela começou naquele dia, o dia da morte de Estevão, e levantou-se com a ferocidade de uma tempestade repentina";

- Descrever como o martírio de Estevão provocou uma grande dispersão: "todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria (v. 1c, ARA)";

- Relatar como o martírio de Estevão provocou a perseguição, a perseguição a diáspora, e a diáspora uma ampla evangelização: "Entrementes, os que foram dispersos iam por toda a parte pregando a palavra". (v. 4, ARA).

Ao se expandir por todo o Império Romano, a igreja passou a sofrer perseguições em níveis maiores. Para entendermos as causas da perseguição contra a Igreja no Império, nos reportaremos a abordagem de Cairns (Idem, p. 70-77):

- Causas Políticas: Após ser distinguida do judaísmo e considerada sociedade secreta pelas autoridades romanas, a Igreja recebeu a interdição do estado que não admitia nenhum rival à obediência por parte dos súditos, tornando-se assim religio illicita, uma religião ilegal que ameaçava a segurança do estado romano. A tolerância religiosa era tolerada apenas na medida em que contribuísse para manter a estabilidade do estado. O cristianismo colocou César em segundo plano e Cristo em primeiro. A soberania exclusiva de Cristo entrou em confronto com as reivindicações de César à soberania exclusiva. Os cristãos foram acusados de deslealdade, pois recusavam-se a oferecer incenso nos altares devotados ao culto ao imperador. Quem sacrificasse nestes altares, podia praticar uma segunda religião. As reuniões dos crentes à noite foi entendida como a preparação para uma conspiração contra o estado.

- Causas Religiosas: A religião cristã, que se fundamentava num culto espiritual e interno, contrastava com a religião romana, que valorizava os altares, ídolos e práticas externas. As reuniões sigilosas dos cristãos fez com que ataques morais fossem feitos contra eles, acusando-os incesto, de canibalismo e práticas desumanas, distorções do "comer e beber" os elementos representativos da ceia (corpo e sangue de Cristo), e dos ósculos santos ou beijo da paz.

- Causas Sociais: A influência dos cristãos sobre as classes pobres e escravas produziu uma aversão por parte dos líderes aristocráticos e influentes da sociedade, que desprezava os crentes. A ideia e o discurso de igualdade entre os homens não soava bem para o modelo e estrutura aristocrática. A Aristocracia (do gregoαριστοκρατία, de άριστος (aristos), melhores; e κράτος (kratos), poder, Estado), literalmente poder dos melhores, é uma forma de governo na qual o poder político é dominado por um grupo elitista. Normalmente, as pessoas desse grupo são da classe dominante, como grandes proprietários de terra (latifundiários), militares, sacerdotes, etc. (wikipédia). Os cristãos também se separavam dos ajuntamentos pagãos dos templos, teatros e lugares de recreação, promovendo assim uma antipatia sem precedentes em qualquer grupo inconformista da história.

- Causas Econômicas: Como exemplo de causas econômicas, pode-se citar a oposição sofrida por Paulo dos fabricantes de ídolos em Éfeso (At 19.27). Havia, o que poderia se chamado hoje de um "mercado religioso", onde sacerdotes, fabricantes de ídolos, videntes, pintores, arquitetos e escultores lucravam com a religião.

Em sua carta ao Imperador Trajano, Plínio escreve sobre as condições na Bitínia durante a sua perseguição aos cristãos (BETTENSON, 2001, p. 30):

Sem dúvida, os templos que estavam quase desertos são novamente frequentados; os ritos sagrados há muito negligenciados, celebram-se de novo; vítimas para sacrifícios estão sendo vendidas por toda parte, ao passo que, até recentemente, raramente um comprador era encontrado.

Quando em anos posteriores o Império sofreu uma crise econômica, a opinião pública atribuiu o problema à presença do cristianismo no Império, e como consequência o afastamento da proteção e provisão dos seus deuses.

Conforme Latourette (2006, p. 111), as perseguições são em geral distribuídas em dois principais grupos cronológicos, o primeiro de Nero, até o ano 250, que foram locais e provavelmente sem muitas perdas de vidas, e o segundo grupo, abrangendo a totalidade do império, com tentativas claras de extirpar o cristianismo como uma grande ameaça ao bem-estar comum. Observaremos abaixo algumas das principais perseguições sofridas pelos cristãos nos primeiro séculos.

A Perseguição Sob Nero (54-68 d.C.)

Nero foi o primeiro imperador romano a perseguir os cristãos. Segundo Tácito (BETTENSON, idem, p. 27), por ocasião do grande incêndio na cidade, Nero acusou os cristãos e partiu para a destruição dos mesmos:

Para livrar-se de suspeitas, Nero culpou e castigou, com supremos refinamentos de crueldade, uma casta de homens detestados por suas abominações e vulgarmente chamados de cristãos. [...] Acrescente-se que uma vez condenados á morte, eles se tornavam objetos de diversão. Alguns, costurados em peles de animais, expiravam despedaçados por cachorros. Outros morriam crucificados. Outros ainda eram transformados em tochas vivas para iluminar a noite. (Tácito, Annales, XV.44)

A atitude de Nero causou repugnância e um sentimento de comiseração geral "pois se pressentia que eram sacrificados não para o bem público, mas para a satisfação da crueldade de um indivíduo" (Ibid).

Há claros indícios de que Pedro e Paulo sofreram a morte em Roma sob Nero (LATOURETTE, idem, p. 111; GONZÁLES, 1995, p. 57; CAIRNS, ibid, p. 74; DEBARROS, 2006, p. 451). Eusébio de Cesaréia (1999, P. 76), assim escreveu:

Dessa maneira, aclamando-se publicamente como o principal inimigo de Deus, Nero foi conduzido em sua fúria a assassinar os apóstolos. Relata-se, portanto, que Paulo foi decapitado em Roma e que Pedro foi crucificado sob seu governo. E esse relato é confirmado pelo fato de que os nomes de Pedro e Paulo ainda hoje permanecem nos cemitérios daquela cidade.
Após o suicídio de Nero em 68, cessou por algum tempo a perseguição aos cristãos (GONZÁLES, idem), sendo retomada em 95, durante o governo despótico de Domiciano (CAIRNS, ibid.)

A Perseguição Sob Domiciano (81-96 d. C.)

Domiciano, movido por sua vaidade e arrogância, "ordenou que fosse chamado de 'Senhor e Deus', exigiu como saudação o beija-mão ou beija-pé" (DREHER, 2004, p. 52). Por esta ocasião os judeus se recusaram a pagar um imposto público criado para o sustento de Capitolinus Jupiter. A identificação com os judeus fez com que os cristãos fossem também perseguidos. Sob o governo de Domiciano o apóstolo João foi exilado na ilha de Patmos, onde escreveu o apocalipse.

A Perseguição Sob Trajano (98-117 d.C.)

Surge aqui, sob Trajano, a primeira perseguição organizada, como parte de uma política governamental definida, começando na Bitínia durante a administração de Plínio, o Moço, por volta de 112. O que de diferente houve nesse período, foi que os cristãos não eram buscados, sendo castigados apenas quando eram acusados por alguém. Plínio enviou uma carta à Trajano, pedindo-lhe orientação sobre a forma de coibir as suas práticas, pois pensava: "o mal ainda pode ser contido e vencido". Em resposta à Plínio, Trajano escreveu (BETTENSON, ibid., p. 31):

No exame das denúncias contra os cristãos, querido Plínio, tomaste o caminho acertado. Não cabe formular regra dura e inflexível, de aplicação universal. Eles não devem ser perseguidos. Mas, se surgirem denúncias procedentes, aplique-se o castigo, com a ressalva de que, se alguém nega ser cristão e, mediante a adoração dos deuses, demonstra não o ser atualmente, deve ser perdoado em recompensa de sua emenda, por mais que o acusem suspeitas relativas ao passado. Panfletos anônimos não merecem confiança em nenhum caso. Eles constituem um mal precedente e não condizem com os nossos tempos". (Trajano a Plínio, Plin. Epp. X.XCVII)

Durante o governo de Trajano, por volta do ano 107, escreve Gonzáles (Idem, p. 66) que:

[...] o ancião bispo de Antioquia, Inácio, foi acusado ante as autoridades e condenado a morrer por ter negado a adorar os deuses do Império. Uma vez que nesse tempo celebravam grandes festas em Roma, em comemoração à vitória sobre os dácios, Inácio foi enviado à capital para que sua morte contribuísse com os espetáculos projetados. A caminho do martírio, Inácio escreveu sete cartas que constituem um dos mais valiosos documentos do cristianismo antigo [...].

Prestes a ser comido pelos leões afirmou em carta: "Sou trigo de Deus, e os dentes das feras hão de me moer, para que possa ser oferecido como pão limpo de Cristo".

A Perseguição Sob Antonino Pio (138-161 d.C.)

Foi durante o governo de Antonino Pio, que em Esmirna, aconteceu o martírio de Policarpo. Detentor de uma "retórica própria cortante, afiada por uma violenta cartase, que endereçava aos duros de coração e insensíveis ao pecado, conclamando todos ao arrependimento de suas transgressões, [...] Policarpo entrou em rota de colisão com o governador Estácio Quadrato, que tentou convencer o santo ancião a negar o nome de Cristo e a adorar a deidade Nêmese, além de outros deuses protetores de Esmirna e do Monte Pago" (MENDES, 2006, p. 131). Quando instado a renunciar e a insultar a Cristo, Policarpo respondeu: "Oitenta e seis anos tenho-lhe servido, e ele nunca me fez nenhum mal; e como posso agora blasfemar meu Rei que me salvou?" (CESARÉIA, 1999, p. 137). Já amarrado e após uma oração, Policarpo foi queimado na fogueira.

A Perseguição Sob Marco Aurélio (161-180 d.C)

Marco Aurélio atribuiu todas as calamidades de seu reino ao crescimento do cristianismo, ordenando assim uma perseguição aos cristãos. Latourette (Ibid., p. 112) escreve que provavelmente a aversão de Marco Aurélio pelos cristãos era pelo fato de pensar que eles minavam a estrutura da civilização que ele lutava para manter contra as ameaças domésticas e estrangeiras. Justino Mártir, sofreu o martírio em Roma durante esta perseguição.

A Perseguição Sob Décio (249-251 d.C.)

Numa época de grande instabilidade no império, que vivenciava ataques externos e internos, e vendo na manutenção da cultura clássica um forte aliado à subsistência, o imperador Décio, percebeu nos cristãos uma ameaça e promulgou um edito em 250 que exigia uma oferta anual de sacrifícios nos altares romanos aos deuses e à figura do imperador, fornecendo um certificado aos que obedecessem e perseguindo os que não se submetessem a esta prática. Latourette (ibid., p. 115) relata:

Sacrificar seria apostasia e na presente crença cristã a apostasia era um dos pecados pelo qual não havia nenhuma espécie de perdão. Muitos cristãos preferiram sua vida física à morte espiritual e aquiesceram completamente. Outros evitaram manifestamente um abandono de sua fé comprando os certificados venais, ou libelli, de aquiescência, sem realmente sacrificarem. Outros, tantos que nunca saberemos, enfrentaram corajosamente o pleno desprazer do Estado por não obedecer. Alguns deles foram aprisionados, entre eles, Orígenes, o bispo de Roma, e o velho bispo de Jerusalém. Esses dois últimos pereceram em prisão. Outros foram mortos imediatamente. Alguns fugiram para lugares de relativa segurança. Entre esses estava Cipriano, o famoso bispo de Cartago [...].

A Perseguição Sob Valeriano (253-260 d.C.)

Nos diz Latourette (ibid,. p. 116), que a princípio Valeriano se mostrou amigável com os cristãos, tendo o seu humor mudado, possivelmente pela influência de um de seus conselheiros. Nesta ocasião os bispos, como líderes da Igreja, foram selecionados e obrigados a reverenciar os deuses sob punição de exílio. Os crentes foram ameaçados com pena de morte se frequentassem as reuniões e cultos da Igreja, ou cemitérios cristãos. Um novo edito em 258 tornou a perseguição mais dura:

[...] presumivelmente ordenava a morte para os bispos, sacerdotes e diáconos; primeiramente o confisco das propriedades e então, se isto não fosse bastante para induzir à apostasia, a morte para os cristãos de alta posição no Estado, o confisco de bens e o banimento para as cristãs matronas, e a escravidão para os membros cristãos dos relacionados à família imperial. Por atingir as pessoas de proeminência na Igreja, esta seria destituída de sua liderança. (LATOURETTE, ibid.)

A Perseguição Sob Diocleciano (284-305 d.C.)

Sob Diocleciano , em 303, aconteceu a mais terrível perseguição contra os cristãos. Foram ordenadas o fim das reuniões cristãs, a destruição das igrejas, a deposição dos oficiais da Igreja, a prisão dos que persistissem em seu testemunho de Cristo e a destruição da Escrituras pelo fogo. Os cristão foram também obrigados a sacrificar aos deuses pagãos sob pena de morte caso não aceitassem. os cristãos foram punidos através do confisco de bens, trabalhos forçados, exílio, prisões e execuções à espada ou por animais ferozes.

As perseguições só acabaram por ocasião do governo de Constatino, que através da promulgação do edito de Milão garantiu a liberdade de culto a todas as religiões dentro do império:

"Nós, Constantino e Licínio, Imperadores, encontrando-nos em Milão para conferenciar a respeito do bem e da segurança do império, decidimos que, entre tantas coisas benéficas à comunidade, o culto divino deve ser a nossa primeira e principal preocupação. Pareceu-nos justo que todos, os cristãos inclusive, gozem da liberdade de seguir o culto e a religião de sua preferência. Assim qualquer divindade que no céu mora ser-nos-á propícia a nós e a todos nossos súditos. Decretamos, portanto, que não, obstante a existência de anteriores instruções relativas aos cristãos, os que optarem pela religião de Cristo sejam autorizados a abraçá-las sem estorvo ou empecilho, e que ninguém absolutamente os impeça ou moleste... . Observai outrossim, que também todos os demais terão garantia a livre e irrestrita prática de suas respectivas religiões, pois está de acordo com a estrutura estatal e com a paz vigente que asseguremos a cada cidadão a liberdade de culto segundo sua consciência e eleição; não pretendemos negar a consideração que merecem as religiões e seus adeptos. Outrossim, com referência aos cristãos, ampliando normas estabelecidas já sobre os lugares de seus cultos, é-nos grato ordenar, pela presente, que todos que compraram esses locais os restituam aos cristãos sem qualquer pretensão a pagamento... [as igrejas recebidas como donativo e os demais que antigamente pertenciam aos cristãos deviam ser devolvidos. Os proprietários, porém, podiam requerer compensação.] Use-se da máxima diligência no cumprimento das ordenanças a favor dos cristãos e obedeça-se a esta lei com presteza, para se possibilitar a realização de nosso propósito de instaurar a tranquilidade pública. Assim continue o favor divino, já experimentado em empreendimentos momentosíssimos, outorgando-nos o sucesso, garantia do bem comum." (Edito de Milão, março de 313. Fonte: wikipédia)

A Bíblia e a história nos revelam que oração, coragem, intrepidez, fé, sabedoria, prudência e inteligência foram algumas das características e posturas adotadas por muitos na Igreja perseguida dos primeiros séculos, conduta esta que deve ser por nós imitida nos dias atuais.

As perseguições contra a Igreja se seguiram ao longo da história. Atualmente se manifestam em todo o mundo, e das mais diversas formas. Aberta ou discreta, barulhenta ou silenciosa, violenta ou sutil, legal ou ilegal, institucional ou pessoal, externa ou interna, a perseguição existe e se ergue sobre aqueles que amam a Deus, que estão comprometidos integralmente com a sua Palavra.

Diante desta realidade, precisamos nos manter firmes, fundamentados nas palavras de Jesus:

"Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim." (Mt 24.9-14, ARA)

"Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa". (Jo 15.20, )



MISSIONÁRIOS PERSEGUIDOS

Todos nós sabemos o quanto Missionários Cristãos passam para levar a palavra de Deus aos povos e nações de vários continentes do planeta.

Paulo foi um dos maiores exemplos de lutas em suas viagens misionárias. Fome, sede, perseguições, espancamento, prisões, humilhações em praças públicas e muitas vezes até a morte ( Apenas da carne)...

Porém, cheios de ousadia na presença do Deus Altíssimo, continuam mesmo com todas lutas e difilcudades, anunciando a palavra de Vida Eterna e o Plano de Salvação em Cristo Jesus.

Logo abaixo, você irá ler uma lista com os países com maior números de perseguições aos Missionários e etc...

E o grande motivo é que: Estejam orando pelos países citados na lista, para que haja menos violência e perseguição aos Missionários, igrejas e famílias Cristãs... Estejam orando para que em tudo, eles sejam supridos. Materialmente (alimento, roupas, Bíblias para distribuir... ) Espirituais ( Ousadia, determinação, unção, autoridade, paz, alegria, amor ...)

Ore pelos missionários presos e por aqueles que estam ameaçados de morte...

Creio que Deus irá fazer um mover grande nesses países e que o evangelho se propagará até os povos mais longícuos...

Deus abençoe continuamente as nossas vidas e a todos os Servos de Deus em todo o mundo Segue abaixo o texto:

Portas Abertas publica a Classificação de países por perseguição GERAL A lista anual classifica os países de acordo com a intensidade da perseguição que os cristãos enfrentam por praticarem sua fé. A deplorável situação que os cristãos da Coréia do Norte enfrentam faz com que novamente o país mantenha a primeira posição na lista. A Arábia Saudita está em segundo lugar, seguida pelo Laos e pelo Vietnã. O Irã subiu cinco posições, indo para o quinto lugar, devido a detenções em massa de convertidos cristãos, ocorridas no ano passado.

Como resultado, o Turcomenistão desceu uma posição, indo para o sexto lugar, seguido pelas Maldivas. O Butão, o Mianmar e a China formam os 10 primeiros.

O islamismo é a religião majoritária em quatro dos 10 primeiros países: Arábia Saudita, Turcomenistão, Maldivas e Irã. Quatro países têm governos comunistas:

A Coréia do Norte, o Laos, o Vietnã e a China. Dois países, o Butão e o Mianmar, são budistas. Veja a lista

Mudanças para pior:

Piorou a situação da liberdade religiosa na Eritréia, Índia, Sri Lanka, Nepal e em Bangladesh. Na Eritréia, o governo começou a aplicar ativamente uma lei que proíbe a prática de "religião nova". Em conseqüência, centenas de cristãos evangélicos foram presos.

Na Índia, no Sri Lanka, no Nepal e em Bangladesh, a liberdade para evangelizar e a escolha da própria crença está sob ataque. Já foi implementada legislação anti-conversão em vários Estados da Índia, e estão sendo feitas tentativas para introduzi-las também no Sri Lanka. A legislação parece levar a crescente tensão entre hindus e cristãos.



Mudanças para melhor:

Devido à ausência de maiores ataques contra os cristãos e instituições cristãs durante 2003 em comparação a anos anteriores, o número total de pontos para o Paquistão e para a Nigéria diminuiu. Isso não significa, entretanto, que a situação da liberdade religiosa seja favorável aos cristãos.

Depois da queda do regime de Saddam Hussein, desapareceu a pressão sobre os cristãos por parte do governo do Iraque e de sua região norte, o Kurdistão. Ainda assim, uma situação de falta de lei e de caos faz com que os cristãos sintam-se inseguros.




Foco nos 10 mais

1. Coréia do Norte

Não houve mudança na deplorável falta de liberdade religiosa na stalinista Coréia do Norte. O regime norte-coreano ainda administra os principais campos de trabalhos forçados políticos onde cerca de 200.000 prisioneiros são mantidos. Dezenas de milhares deles são cristãos, presos em razão de sua fé, que enfrentam tortura, fome e morte nesses campos. De acordo com nossos colaboradores, o número deles cresce à medida que o alto número de refugiados norte-coreanos que são presos na China retornam e são mandados para os campos de trabalhos forçados. Muitos tornaram-se cristãos depois de terem recebido apoio de missionários coreanos e chineses e foram torturados ou mortos quanto o contato deles com os cristãos foi descoberto.



2. Arábia Saudita

Não existe quase nenhuma liberdade no estrito reino islâmico da Arábia Saudita. Os cristãos e outros não-muçulmanos não têm permissão para se reunirem para o culto público no país. Durante o ano de 2003, vários cristãos estrangeiros foram encarcerados. Alguns deles foram subseqüentemente deportados para seus países de origem devido a atividades cristãs, como o envolvimento com igrejas domésticas. Os cristãos não têm permissão para ocupar qualquer posição de autoridade sobre um muçulmano. O fato de um dos prisioneiros cristãos ter-se tornado gerente em seu local de trabalho pode ter sido a causa de sua detenção. Entretanto, o número de prisioneiros foi menor do que o ano passado, o que explica a queda na pontuação.



3. Laos

O governo laociano continuou a fazer pressão sobre os cristãos do país. Muitos foram detidos e depois soltos, e várias igrejas foram fechadas em 2003. Como disse um dos nossos colaboradores locais: "Os cristãos olham para as prisões como portas giratórias, à medida que muitos líderes foram presos várias vezes no ano".Houve também um aumento no maltrato físico de crentes para faze-los renunciar à fé. Várias famílias foram expulsas de suas casas por se recusarem a desistir de suas convicções. Um crente laociano até foi morto por sua fé.



4. Vietnã

A perseguição dos cristãos tribais do planalto do Vietnã continuou inflexível durante o ano passado. No começo do ano, o poderoso comitê central do Partido Comunista anunciou que tomaria duras medidas para melhor controlar a religião. Durante o ano, muitos cristãos de comunidades de minorias étnicas foram forçados a renunciar à fé e muitos foram presos quando se recusaram a faze-lo. Estima-se que, de uma vez, 300 pastores cristãos foram presos por realizarem reuniões eclesiásticas. De acordo com nossos colaboradores[ locais, pelo menos quatro cristãos morreram em conseqüência de perseguição. Enquanto isso, o governo vietnamita continua a negar sistematicamente a ocorrência de incidentes comprovados de perseguição religiosa.



5. Irã

O governo da República Islâmica do Irã continuou a restringir a liberdade de religião durante o ano de 2003. A minorias religiosas do país são regularmente maltratadas, intimidadas e discriminadas em razão de sua fé. Na nova lista DOP, o Irã subiu da décima para a quinta posição, o que indica um claro aumento da perseguição. O motivo é termos observado um considerável aumento no número de cristãos que foram presos e mantidos sem julgamento em conseqüência de suas convicções religiosas durante o ano passado. Em dezembro, um grande número de cristãos de origem islâmica foram também maltratados fisicamente devido sua nova fé.



6. Turcomenistão

A liberdade religiosa foi severamente restringida no Turcomenistão, um país virtualmente fechado. Em conseqüência da tentativa de assassinato do presidente Niyazov no fim de 2002 e o conseqüente aumento do controle do governo, a situação ficou ainda mais tensa para os cristãos. Durante o ano passado, os crentes foram maltratados, ameaçados, multados e detidos em razão de sua fé. O Turcomenistão aumentou mais ainda a pressão sobre os crentes não registrados pela adoção de uma nova lei sobre religião que proscreve todas as atividades religiosas que não tenham registro. Os membros de crenças minoritárias são vulneráveis a acusações criminais e penalidades pelo descumprimento da lei que superam a um ano de "trabalho corretivo". Ao proibir a atividade religiosa que não tenha registro, o Turcomenistão está violando os acordos internacionais de direitos humanos que assinou.



7. Maldivas

Não houve mudança na falta de liberdade religiosa no arquipélago das Maldivas. O islamismo é a religião oficial do país e a liberdade religiosa severamente restringida. O governo exige que todos os cidadãos sejam muçulmanos, e a prática pública de qualquer outra religião é proibida. Estrangeiros não-muçulmanos têm permissão para praticarem sua religião em particular, porém não podem convidar cidadãos para participarem. Não se permitem igrejas no país, e é proibida a importação de materiais não-muçulmanos, exceto os de uso particular de pessoas não-cidadãs. Os poucos cristãos locais vivem sua fé em segredo e extremo isolamento. Quando descobertos, correm o risco de perder a cidadania.



8. Butão

O budismo é a região de Estado do Reino do Butão, e os adeptos desta religião são claramente favorecidos em relação aos seguidores de outras religiões. Não houve mudança na situação da liberdade religiosa durante o ano de 2003. Os cristãos sofrem maus tratos e discriminação por parte do governo, das autoridades locais e de outros cidadãos. De acordo com fontes locais, são infligidas graves torturas mentais aos que se tornam cristãos. Eles perdem todos os seus direitos e têm o acesso negado a estabelecimentos e serviços públicos, como educação para os filhos e oportunidades de emprego. Alguns têm de sair de propriedades alugadas uma vez que os proprietários – temendo represálias do governo – ficam sabendo que eles são cristãos. Não foi permitida a entrada de nenhum material no país, exceto textos religiosos budistas.



9. Mianmar

O Mianmar não tem constituição ou leis que protejam a liberdade de religião. O governo impõe restrições a certas atividades religiosas e transgride com freqüência o direito à liberdade religiosa. Neste país, essencialmente budista, os cristãos enfrentam discriminação e restrição de atividades de educação, evangelismo e construção de igrejas. O governo opõe-se à disseminação do cristianismo. Milhares de jovens cristãos estão desempregados devido sua crença e são pressionados a se converterem ao budismo. Várias igrejas e casas cristãs foram incendiadas durante o ano de 2003. A perseguição é mais grave entre tribos étnicas como os Karen. Além da motivação étnica, existem também elementos de perseguição anti-cristã.



10. China

Não houve mudança significativa na situação da liberdade religiosa na China. Os grupos religiosos sem registro são considerados ilegais no país. As igrejas registradas, entretanto, são controladas e reguladas para evitar o aumento de grupos que possam formar uma autoridade fora do controle do Estado. Ainda assim, o número de membros de muitos grupos cristãos está crescendo. Sob o novo presidente, Hu Jintao, a perseguição aos cristãos não diminuiu. As batidas policias sobre igrejas domésticas e as detenções de líderes eclesiásticos e de membros continuam. Uma mulher cristã foi espancada até à morte quando estava sob custódia. Uma campanha nacional para o registro de igrejas domésticas – e assim colocá-las sob o controle e supervisão do governo está em curso. O governo começou também uma campanha para promover ativamente o comunismo "ateísta ortodoxo" através dos meios de comunicação do Estado e denunciar as crenças "anticonvencionais" num esforço para restringir a influência da atividade religiosa.



I – UM CRISTÃO PREPARADO

Não fossem as condições espirituais de Estêvão, ele jamais suportaria as afrontas de seus algozes. Devemos dar graças a Deus porque Ele conhece a fragilidade humana, SI 103: 14, e, por isso, dá meios ao cristão para enfrentar as perseguições. Não pense você que ser crente consiste apenas em possuir uma carteira de membro de igreja. Ser cristão é estar preparado para os momentos mais difíceis desta vida.

Por que Estêvão venceu a perseguição?

a) Era cheio Espírito Santo, 6: 3. Sua boa reputação perante a comunidade era resultado das qualidades que possuía. O Espírito Santo capacitou e encorajou Estêvão para enfrentar até mesmo a morte. Veja o que Deus pode fazer em nossas vidas, tomando como exemplo o apóstolo Pedro. Compare o homem tímido que negou a Jesus, Mt 26: 69-75, com o ousado e corajoso Pedro, cheio do Espírito, que enfrentou autoridades, At 4: 20;

b) Era cheio de sabedoria, 6: 3, 10. Estêvão era um homem sábio na exposição da Palavra. Não se trata de uma sabedoria humana, mas da sabedoria que vem de Deus para ensinar as verdades do Evangelho. Deus concede sabe­doria, mas usa o conhecimento da Palavra que se adquire pelo estudo e pelo esforço pessoal. Na hora da pregação ou de precisar defender a fé, essa sabedoria é a arma de que o cristão dispõe;

c) Era cheio de graça e poder, 6: 8. Por ser um homem de fé, sinais e maravilhas aconteciam através de sua vida. Quando todos se levantaram contra ele com pedras e ameaças, manteve-se firme. Mas por quê? Porque a vitória que vence a perseguição é a fé, I Jo 5: 4 e Ap 2: 10.



II – O CRISTÃO E SUA COROA

Afirmar que a perseguição e o sofrimento por causa do evangelho são motivo de alegria e de glória para o cristão (veja I Pedro 4: 13-16) parece ser uma mensagem que não encoraja a ninguém. Mas é isso que vemos na vida de Estêvão e de todos os homens que entregaram suas vidas por amor a Jesus. Fizeram isso com alegria, apesar da dor. Há uma coroa de glória para aquele que perseverar até o fim, Mt 24: 13. Estêvão recebeu o seu prêmio, At 7: 56.

a) Estêvão confessa a Jesus, At 7: 54. Mesmo diante de uma atitude de revolta e agressão, Estêvão teve forças para dizer: "Senhor, lhes imputes este pecado", v. 60. Ele estava confessando Jesus diante dos homens, Mt 10: 32 e Mc 8: 38;

b) Jesus recebe-o diante do Pai, At 7: 56. Ao partir para a eternidade, Estêvão exclama: "Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, em pé à destra de Deus". Jesus dá as boas-vindas ao primeiro mártir da história do Cristianismo, que morria por amor a Ele.



III – CHAMADO À PERSEGUIÇÃO

Depois da morte de Estêvão, desencadeou-se uma gran­de perseguição contra a igreja. Quem seria o próximo a morrer por amor a Jesus? Naqueles dias, homens e mulheres eram presos e açoitados, e muitos foram mortos, At 8: 2; 22: 19, 20; 26: 10, 11. Era o início de uma perseguição que atravessaria os séculos e chegaria até nossos dias. Deus usou a perseguição daqueles dias para dar impulso à obra missionária, 8: 4. A igreja precisa conhecer, pelo menos, três grandes verdades a respeito da perseguição:

a) Designados para a perseguição, I Ts 3: 3. tribulação, perseguição e aflição são fatos que fazem parte da vida cristã. Deus não nos chamou para uma vida de mar de rosas, mas para sofrermos o restante das aflições de Cristo, Cl 1: 24.

b) Os bem-aventurados. Em Mateus 5: 1-12 encon­tramos a lista dos bem-aventurados. No verso 10, Jesus promete o Reino dos céus àqueles que forem perseguidos por causa da justiça, Mt 6: 33. Nessa palavra está implícita a glória do cristão que é a sua coroa, Tg 1: 12, Ap 2: 10, 3: 11 eIITm4: 8;

c) O preço de uma vida piedosa, II Tm 3: 12. Quanto mais o cristão procura santificar-se, pregar a Palavra, orar, jejuar, contribuir com a obra Senhor, parece que as lutas mais aumentam. Uma vida piedosa e consagrada a Deus tem como preço as perseguições, problemas e dissabores.

MISSÕES, MORTE DE MISSIONÁRIOS( FOTOS CHOCANTES) 




MÃE CRISTÃ CHORA PELO FILHO

ATAQUE AOS CRISTÃOS


IGREJA EM MOMENTO DE CULTO

CRISTÃOS MORTOS DENTRO DA IGREJA

TEMPLO EVANGÉLICO DESTRUÍDO




AOS FUNDOS IGREJA PARA OS CRISTÃOS



MULHER CRISTÃ QUEIMADA VIVA

MISSIONÁRIO TORTURADO ATÉ A MORTE

KORÉIA DO NORTE, TORTURA AOS CRISTÃOS




CRISTÃOS MORTOS



CRISTÃO SENDO TORTURADO E TENTANDO FUGIR

MÃE E FILHO QUEIMADOS VIVOS POR NÃO NEGAR SUA FÉ



CHACINA DE CRISTÃOS






Fontes: http://www.ubeblogs.net/2011/02/perseguicao-contra-igreja-nos-primeiros.html
           http://prarocha.blogspot.com.br/2009/08/missionarios-perseguidos.html
           http://1050.no.comunidades.net/missoes-morte-de-missionarios-fotos-chocantes
           https://www.youtube.com/watch?v=eA5GmRRHK-s
           https://josiasmoura.wordpress.com/2011/04/14/estudo-bblico-para-culto-de-doutrina-tema-estevo-perseguio-coroa-de-glria-do-cristo/
         


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MISSÕES NO NORDESTE BRASILEIRO

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O Sertão Nordestino

Segundo o último Censo (IBGE, 2010) a presença evangélica no sertão está em torno de 7%, enxugando com a retirada das seitas que o IBGE considera como evangélicas, vamos ter um percentual de apenas 5,5%.

No Sertão encontramos uma sociedade fortemente marcada pela idolatria, por um fundo de cultura animista, pelos mais tristes índices sociais (alto índice de analfabetismo, de evasão escolar, baixíssima renda familiar, baixo IDH, etc), pelo problema das secas cíclicas e pelo descaso dos poderes públicos.

A igreja do Senhor Jesus em nosso país deve encarar o desafio da evangelização dos Sertões Nordestinos amando o povo sertanejo e enviando missionários para o plantio de igrejas bíblicas, pois nada é mais eficiente para evangelizar uma região (ou uma nação), que plantar igrejas.

No meio de uma população pobre, os missionários devem ser preparados e equipados para implantar projetos de transformação social seguindo princípios bíblicos, fugindo das tentações do paternalismo e do imediatismo, que tanto atrapalham projetos de plantio de igreja e de empoderamento do próprio povo.

No interior nordestino são 196 municípios com até 5% de crentes, cerca de 6 mil povoados rurais sem nenhuma igreja evangélica, a maioria absoluta no sertão.

Além do povo sertanejo, encontramos em solo nordestino outro desafio, espalhado em todo o território, com presença marcante no Sertão: os povos minoritários, que são os Ciganos, os Quilombolas e os Indígenas da região Nordeste, todos pouquíssimo evangelizados e em todos os aspectos mais carentes que o sertanejo comum.

As igrejas das capitais nordestinas tem uma grande responsabilidade pela evangelização dos povos de nossa terra e o primeiro passo é conhecê-los melhor e amá-los ao ponto de desejar incontidamente que sejam alcançados com o Evangelho de Cristo. Todavia, a responsabilidade é de toda a igreja: dos sertões, das capitais e de todo o Brasil.

Que o Senhor faça emergir em nossos corações um amor mais ardente e um compromisso crescente em favor deles, que nos remeta a esforços maiores pela salvação de muitos sertanejos, ciganos, quilombolas e indígenas do Nordeste.


Zona rural do sertão nordestino tem apenas 0,1% de evangélicos


A zona rural do sertão nordestino possui mais de 15 milhões de habitantes e tem menos de 0,1% de crentes, com mais de 10 mil comunidades rurais sem a presença de uma igreja evangélica. Em razão das agruras de toda sorte às quais é submetido, o sertão nordestino já foi apelidado de a janela 10 X 40 brasileira. É uma alusão irônica à região geográfica pouquíssimo evangelizada localizada entre os graus 10 e 40 da Latitude Norte do planeta e que forma um grande retângulo, desde o Norte da África e Sul da Espanha até o Japão e Norte das Filipinas.

E para realizar missões no meio desse povo sofrido é preciso estratégias diferenciadas e conhecer a peculiaridade do sertão. Em relação a Cultura destacam-se os acessórios, a culinária, o linguajar, estilo de vida simples, festas e um forte machismo. Já na parte geográficas os desafios são por conta das longas distâncias para o acesso a tudo, fontes de água precárias, vegetação desértica, terrenos rochosos, clima seco e quente. Tratando de religiosidade, a maior característica é a idolatria. A maioria é católica, frequentando à missa aos domingos; misticismo e ignorância quanto à palavra de Deus também são características observadas.
Socialmente os nordestinos têm renda familiar baixa, trabalho infantil, casamento precoce, muitos filhos, alto índice de analfabetismo, alcoolismo, prostituição e poligamia.

MELHORES ÍNDICES DE EVANGÉLICOS NO SERTÃO PARAIBANO

Patos……………………10.581
Catolé do Rocha………3.660
Sousa…………………….5.665
Cajazeiras……………….4.656
Pombal………………….3.037
São Bento………………2.818
Itaporanga……………..1.790
Princesa Isabel…………..870

O POVO SERTANEJO E O EVANGELHO

No sertão, a resposta ao Evangelho é mais demorada – o que exige perseverança na evangelização. Sabe-se que o sertanejo nordestino é aberto ao misticismo e ao tradicionalismo religioso. Deixar o Catolicismo, para muitos, é culturalmente considerado uma desonra.





O Sertão



CONHECENDO O SERTÃO NORDESTINO
O Nordeste é formado de nove Estados:
Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraiba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piaui e Maranhão.
Pode-se dizer que há dois Nordestes.
O Nordeste mais desenvolvido.
É o Nordeste do litoral, das capitais, das praias ensolaradas, dos shoppings, da economia forte, culturalmente desenvolvido, com muitas igrejas evangélicas, e movimentos evangélicos em expansão.
O Nordeste pouco desenvolvido.
Onde há muito analfabetismo, milhões abaixo da linha da pobreza e muita superstição. Centenas de cidades com baixíssima porcentagem de evangélicos. Milhares de povoados sem nenhuma igreja evangélica.  71% das cidades menos evangelizadas do Brasil estão nessa área. Das 485 cidades brasileiras com menos de 3% de evangélicos, 343 estão no Sertão Nordestino.
Fala-se em 10.000 comunidades rurais, ou vilarejos, sem igrejas.
O Nordeste todo tem em torno de 52 milhões de habitantes.
Cerca de 46 milhões vivem no Sertão.
16 milhões na área rural.
O Nordeste do litoral tem 06 milhões de habitantes; o Nordeste do interior, ou interiores, tem 46 milhões de habitantes. Juntando o interior de cada um dos nove Estados, temos o Sertão Nordestino.
Do ponto de vista espiritual, o litoral vem sendo bem trabalhado pelos evangélicos. A densidade evangélica nessa região é boa. Conta com igrejas fortes, grandes, com poder econômico bom. O Sertão Nordestino, ao contrário, é bem pouco evangelizado. Igrejas pequenas, dependentes financeiramente de outras igrejas e de missões. Muitas cidades com menos de 2% de evangélicos.
A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região.
Com a falta de água torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Desta forma, a seca provoca a falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria no Sertão Nordestino.
Pessoas precisam andar durante horas, sob sol e calor forte, para buscar água, muitas vezes suja e contaminada.
Com uma alimentação precária e consumo de água de péssima qualidade, os habitantes do Sertão Nordestino acabam vítimas de muitas doenças.



POR QUE SERTÃO RURAL, QUILOMBOLAS, CIGANOS E INDÍGENAS DO NORDESTE?

A zona rural nordestina possui 14,5 milhões de habitantes e tem menos de 1% de evangélicos, com mais de 10 mil povoados rurais sem nenhum crente. O povo do sertão rural necessita desesperadamente de novos missionários.
As comunidades quilombolas são originárias dos antigos quilombos, portanto, comunidades negras, rurais e paupérrimas. São mais de 1.000 no nordeste e menos de 2% de suas populações foram alcançadas pelo Evangelho.
As comunidades ciganas do nordeste, cujas origens são incertas, têm costumes e línguas variados. Suas relações com a sociedade brasileira muitas vezes foram conflituosas, sendo discriminados até mesmo pela igreja evangélica. Estima-se que menos de 0,5% conhece a Cristo.
Os indígenas nordestinos estão distribuídos emmais de 400 aldeias e cerca de 20 tribos, a maioria com pouquíssima presença evangélica, algumas não alcançadas. Muitos indígenas nordestinos já perderam sua língua original, adotando o português e a cultura brasileira. Estes indígenas sobrevivem com a triste realidade do analfabetismo, do trabalho infantil e conseqüente evasão escolar, da subnutrição infantil, da baixíssima renda, de precária assistência à saúde e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) semelhante ao da Índia. E o pior… até hoje não alcançados pelo Evangelho!





O EVANGELISMO NO BRASIL

Quem viveu nas décadas anteriores à década de 70 pode sentir hoje, no dia-a-dia, a diferença do trato quando alguém se declara evangélico no Brasil.

O Brasil foi colonizado por portugueses, mais especificamente pelos jesuítas que, a todo custo, queriam fazer do país a maior nação católica do mundo. Com a Reforma Protestante, iniciada por Lutero, no século XVI, e a crise na Europa, muitos vieram do Velho Mundo em busca de novas oportunidades de vida e, também, a fim de propagar um evangelho diferente daquele que a Igreja Católica impunha.

Por volta de 1824, o Brasil era visto como um país 100% católico. A partir de 1855, os primeiros missionários protestantes começaram a chegar e a residir permanentemente por aqui e, em três décadas, todas as denominações protestantes históricas se estabeleceram no país. Muitos missionários tinham especializações profissionais e contribuíram muito para a educação e demais áreas sociais. Fundaram igrejas, escolas, universidades, clínicas, hospitais, jornais, editoras, etc. Trabalharam em favor da liberdade religiosa, promovendo o respeito à sua inerente diversidade. Apresentaram a “salvação pela graça, mediante a fé” e a visão responsável de que “a fé sem obras é morta”. A partir daí, pode-se dizer que a igreja evangélica brasileira tem contribuído para “mudar a cara” desta grande nação.

E nós, brasileiros do século XXI, vivemos nesta época de transformação do país e louvamos a Deus por tudo que Ele tem feito em nosso meio.

Lembro-me muito bem de que, quando criança, era difícil declarar publicamente a Igreja a qual pertencia sem receber um olhar indagador, como que dizendo: “Verdade? Como você pode? Você é um protestante?”.

Hoje, vivemos outra realidade: podemos nos declarar evangélicos com um certo orgulho e a responsabilidade de mostrar que a diferença está em viver pela fé, como diz o apóstolo Paulo: “O justo viverá pela fé” (Rm 1.17).

Um cuidado necessário

A pesquisa é uma ferramenta eficiente e tem sido bem reconhecida nos últimos tempos. Pesquisam-se para abrir uma loja, lançar um produto, eleger nossos governantes, etc. A Igreja evangélica no Brasil também tem feito proveito dessa ferramenta e se conscientizado da sua grande utilidade. A partir de seus resultados, procuramos elaborar estratégias de implantação de novas igrejas onde ainda não existem, evitando desperdiçar energia e recursos ao abrirmos igrejas de denominações diferentes uma ao lado da outra, por exemplo, enquanto outros bairros são esquecidos. “Sempre fiz questão de pregar o evangelho onde Cristo ainda não era conhecido, de forma que não estivesse edificando sobre alicerce de outro” (Rm 15.20).

Diante desse texto bíblico, nada melhor do que os números e os gráficos para que saibamos o que tem acontecido durante estes últimos anos da nossa história. A seguir, partindo dos dados fornecidos pelo IBGE, “fotografamos” o crescimento dos evangélicos nas últimas décadas.

De 1970 a 1991

Segundo os censos realizados em 1970, 1980 e 1991, a Igreja evangélica no Brasil cresceu, no período, mais que o dobro do ritmo de crescimento da população.

Nos resultados da pesquisa do IBGE, publicados em 1980, constatamos que na década de 70 a população cresceu 2,48% ao ano e a igreja evangélica, 5,06%, o dobro do crescimento populacional. Logo, já significava um crescimento real da Igreja, motivo de comemoração!

Mas o Senhor tinha mais bênçãos para derramar sobre esta grande nação.

Na década seguinte, 1980 a 1991, o censo do IBGE revelou que o crescimento da população do Brasil foi menor do que na década anterior, 1,93% ao ano. Mas a Igreja evangélica continuou crescendo 4,68%, quase no mesmo ritmo da década de 70. Isso significa dizer que a Igreja cresceu proporcionalmente nesse período 2,5 vezes mais do que a população brasileira.

De maneira geral, passamos de um país quase que totalmente católico, em 1824, para um país com 12,1% de evangélicos, em 1991.

Muitos dirão que, na realidade, o Brasil não era 100% católico. Eu concordo. É impossível a unanimidade neste sentido. O fato é que o país se declarava totalmente católico e que não havia o testemunho evangélico. Os holandeses e os franceses, que por vezes tentaram se estabelecer no país, vinham com as “boas novas”, mas a guerra religiosa que encontravam os derrotou e os fez desistir.

Após 136 anos, desde que os primeiros missionários evangélicos começaram a se estabelecer definitivamente no Brasil, éramos 13,7 milhões.

No entanto, havia ainda o grande desafio do Nordeste, pois o censo de 1991 revelou algumas mesorregiões1 com menos de 3% de evangélicos no Estado de Minas Gerais e outros, em grande número, na região Nordeste do país. As demais mesorregiões teriam índices superiores a 3% de evangélicos.

Panorama e análise dos evangélicos a partir do Censo 2000

Se com as informações das pesquisas do IBGE, até 1991 vivíamos conscientes dos grandes motivos que tínhamos para louvar a Deus por tudo que já havia feito no Brasil, com os resultados do Censo 2000 pudemos reafirmar nossos motivos de louvor e constatar que Ele nos levara além das nossas expectativas.

As projeções feitas a partir dos dados de 1991 foram superadas. Obra maravilhosa do Senhor numa nação!

A Igreja evangélica no Brasil continuou crescendo mais rápido do que a população. Na última década, 1991 a 2000, a sua taxa de crescimento superou em quatro vezes o da população.

Devemos nos lembrar, no entanto, que tal crescimento varia de acordo com a região. Comparando as taxas anteriores, notamos que até 1991 a região Sul era a região que menos crescia no Brasil, com uma TCA (taxa de crescimento anual) inferior a 4%; em 2000, apresentou um crescimento de 4,3% ao ano. Mas continua sendo a região de menor crescimento dos evangélicos no país, merecendo, assim, toda a nossa atenção. O Estado de Roraima continua sendo o que tem a maior TCA. Percebemos que as maiores taxas de crescimento estão nas regiões Norte e Nordeste. (mapa abaixo)

2003 — o Brasil tem 17% de evangélicos

No Censo de 1991, éramos 13,7 milhões de evangélicos, ou seja, 12,1% da população do país. Em 2000, passamos para cerca de 26 milhões, isto é, 15% da população. Isso equivale a cinco vezes a porcentagem de 1940 e quase o dobro da de 1980.

Em nove anos (1991 a 2000), o número de brasileiros que se declaravam evangélicos dobrou. Fazendo uma projeção a partir do Censo 2000, neste ano de 2003, já devemos ser cerca de 30 milhões de evangélicos. Isso corresponde a aproximadamente 17% da população.

Se o mesmo ritmo de crescimento constatado na última década se repetir, ousamos afirmar que, até 2022, o Brasil se tornará 50% evangélico.

Onde estão os evangélicos?

A presença evangélica varia muito conforme a região do país. Se por um lado encontramos Estados com baixos índices, inferiores a 10%, por outro encontramos alguns Estados com mais de 20% de evangélicos.

Quando mapeamos os Estados, detalhando a presença dos evangélicos com a ajuda das cores, verificamos, com alegria, que temos mais Estados com porcentagem maior de evangélicos. Mas não podemos deixar de voltar nossa atenção para os mais necessitados. Embora a região Sul tenha um crescimento pequeno (TCA entre 3 e 6% nos diferentes Estados), a Nordeste, porém, é a única região do Brasil que ainda possui Estados com uma porcentagem menor que 10% de evangélicos.

Como vimos anteriormente, na região Nordeste, em 1991, se concentravam as mesorregiões com menos de 3% de evangélicos. Hoje, infelizmente, vemos essa concentração também nas regiões Sul e Sudeste.

A Igreja evangélica

Existem no Brasil cerca de 150 mil igrejas evangélicas de todos os tipos. Entretanto, pesquisas de campo mostram que apenas um terço dos evangélicos, aproximadamente, estão nas igrejas num domingo típico.

Em 1993, durante o Congresso Brasileiro de Missões, realizado em Caxambu, MG, nasceu o Projeto Brasil 2010. Vários pastores, representando diversas igrejas, ficaram comovidos com relatos sobre o crescimento de igrejas em outros países e resolveram adotar e promover uma estratégia para uma persistente, contínua e marcante implantação de igrejas no Brasil. Tal Projeto envolve um trabalho de oração, pesquisa e mapeamento e tem encorajado pastores e líderes a plantar novas igrejas no Brasil, nas regiões onde o evangelho ainda não é bem conhecido.

Seguem algumas observações gerais sobre a Igreja evangélica brasileira de hoje:

• As regiões urbanas têm experimentado maior crescimento que as áreas rurais.

Veja dois exemplos, um na região Nordeste e outro na região Norte, que ilustram essa realidade:

Em 2002, no sertão nordestino, numa microrregião que, em 1991, o IBGE apontava como tendo 1,13% de evangélicos, o Projeto Brasil 2010, em parceria com a Visão Mundial, fez uma pesquisa completa em onze municípios do sertão da Paraíba. Esses municípios compõem a microrregião chamada Itaporanga. A pesquisa retratou a realidade do sertão e se preocupou, ainda, em analisar como a população não-evangélica vê o “crente”. Na ocasião, foi feita também uma distinção de zona urbana e rural. A conclusão foi a seguinte: não obstante a relação habitantes/igreja nesses municípios ser parecida com a das grandes cidades, há, ainda, muitas comunidades sem igrejas nas zonas rurais. Neste caso, a microrregião de Itaporanga tem uma população de 83.000 habitantes e, considerando as comunidades com no mínimo quinze habitantes, existem 140 comunidades rurais sem igrejas. Esta é uma população que não ouvirá o evangelho se alguém não for lá pregar e estabelecer uma igreja para que o novo convertido seja discipulado.

A região Norte do Brasil apresenta uma porcentagem de evangélicos bastante alta dentro do contexto nacional. Na cidade de Manaus, por exemplo, a relação habitantes/igreja foi a de melhor média até agora nas grandes cidades (796 habitantes/igreja local). No entanto, uma peculiaridade dessa região é a população ribeirinha. A região Norte possui mais de 40 mil comunidades ribeirinhas com uma população média de 130 habitantes por comunidade. Em 1999, foi estimado que 90%, aproximadamente (ou seja, 36 mil) destas comunidades ribeirinhas não tinham nenhuma igreja evangélica.

• A Igreja tem crescido mais entre os pobres do que entre os ricos

Uma pesquisa feita em Londrina, PR, em 2000, mostrou que as regiões mais ricas da cidade possuem menos igrejas evangélicas, resultado que tem se repetido em várias outras cidades ao redor do país.

• Vários grupos étnicos não foram ainda alcançados (tanto imigrantes quanto tribos indígenas)

Existem ainda 103, ou 40%, das 257 tribos indígenas do Brasil sem presença missionária. Outros grupos étnicos, tanto nas cidades quanto nas regiões rurais, também precisam ser focalizados, para que se implantem igrejas e todo o país, dessa forma, seja alcançado pelo evangelho de Jesus Cristo. (ver gráficos abaixo)

• As regiões Norte e Centro-Oeste têm a maior presença evangélica

• As regiões Nordeste e Sul, por outro lado, têm a menor

• O Sudeste tem os grandes desafios que vêm com a urbanização e grandes concentrações de população

Resumindo:

1. Cada região do país tem seus próprios desafios. Está comprovado que pelo menos 80% das pessoas em cada região não têm nenhuma participação na Igreja.

2. A Igreja evangélica do Brasil não é bem distribuída. Em todas as cidades e áreas rurais pesquisadas, foram encontrados lugares com muitas igrejas enquanto outros lugares com poucas.

No segundo semestre de 2001 e início do ano 2002, foi realizada uma pesquisa completa sobre a presença evangélica na cidade de Marília, SP. As ruas da cidade foram percorridas e igrejas localizadas e situadas em um mapa digital, que mostrou claramente que as igrejas não estão distribuídas igualmente entre todos os bairros. Este mesmo tipo de pesquisa foi feito em mais sete cidades ao redor do Brasil, em 2002. Resultados iniciais mostram que todas as cidades apresentam uma situação parecida.

1. O Brasil possui mais ou menos uma igreja para cada 1.200 habitantes (em 2002, a média das cidades pesquisadas foi de 1.011). Nas cidades pesquisadas em 2002, em um domingo típico, cerca de 6,5% da população do Brasil estavam presentes em uma igreja evangélica (a freqüência média das igrejas evangélicas no Brasil é de 70 pessoas). Podemos perceber que esta porcentagem é muito menor que o número de pessoas que se identificam como evangélicas no Censo e indica um número alto de evangélicos inativos nas igrejas.

2. Na década de 80, o grupo religioso que cresceu mais rapidamente foi o das pessoas sem religião ou sem declaração de religião. Nos anos 90, foram os evangélicos. Isto pode indicar que ser evangélico está-se tornando uma opção mais aceitável dentro da sociedade brasileira. Entretanto, de acordo com o Censo 2000 do IBGE, existem três Estados na região Nordeste, onde a porcentagem dos “sem religião” supera a porcentagem dos evangélicos.

O que falta para que o Brasil seja alcançado?

Deus está trabalhando muito no Brasil e a Igreja está crescendo. A Igreja ainda tem muito por fazer; foi abençoada por Deus e tem muito para oferecer como bênção. Isto indica a necessidade de uma responsabilidade missionária para alcançar as partes do Brasil que não estão sendo alcançadas naturalmente (áreas rurais, grupos étnicos, bairros esquecidos, etc), bem como os confins da terra.

No último Censo, encontramos 56 municípios com menos de 1% de evangélicos, o que atinge uma população de 310.884, e onze municípios sem nenhum evangélico, sendo que nove deles se encontram no Estado do Rio Grande do Sul. Vale lembrar que esses dados, muitas vezes, são colhidos por amostragem, o que não invalida a pesquisa, mas em se tratando de um número “0” na categoria “religião” valeria a pena visitar esses municípios e confirmar essa informação.

Precisamos:

1. Identificar os lugares que ainda não foram alcançados

2. Treinar líderes para as igrejas já existentes e para as que vão surgir

3. Motivar as igrejas a plantar novas igrejas em lugares estratégicos

4. Implantar 100 mil igrejas novas

5. Mobilizar missões para os grupos que não serão atingidos naturalmente

Alguns aspectos sociais como conseqüência do crescimento da Igreja

A revista Veja (edição de julho/2002), publicou uma reportagem intitulada “A força do Senhor”. Essa reportagem chamava a atenção para o crescimento dos evangélicos e sua atuação na área social do país. Dizia:

“O crescimento da fé evangélica está mudando o Brasil dos esportes à política, das favelas aos bairros chiques, dos presídios à televisão”

A reportagem menciona que as conseqüências do aumento do número de evangélicos, de modo geral, têm sido boas:

• Os evangélicos têm menos filhos
• Os evangélicos buscam uma boa moral sexual
• Levam a prática da fé a sério
• O ambiente esportivo melhorou, segundo os Atletas de Cristo, quando os evangélicos entraram e se manifestaram nesse meio
• Conversões na Casa de Detenção
• Adolescentes deixam as drogas
• Ética e valores morais na política
• Educação e cultura. Incentivo à leitura. Os evangélicos têm 934 instituições de ensino em vários níveis com 740.000 alunos
• Motivou a Renovação Carismática da Igreja Católica

O texto da Veja veio confirmar a pesquisa feita em Itaporanga, onde foi constatado que 57% da população vê com simpatia a presença dos “crentes” na sua região. Isso muito nos alegra, mas aumenta a nossa responsabilidade diante de Deus.

Conclusão

Como vimos, Deus tem abençoado muito o nosso país. Tem nos dado um crescimento em quantidade e a sociedade já vê algumas conseqüências disso. Precisamos nos conscientizar da importância de sermos numericamente expressivos e daquilo que o Senhor pode fazer por nosso intermédio, desde que nos coloquemos em suas mãos.

Seria muito bom se todas as denominações evangélicas se unissem no amor de Cristo, deixando de lado questões insignificantes, e mirassem o alvo mais nobre: realizar a tarefa de ganhar esta nação para Cristo.

Precisamos crescer na graça e no conhecimento do nosso Deus para transformar esta nação. Se em 2002, ano em que a reportagem da Veja foi publicada, já se constatava que a fé evangélica estava mudando a sociedade (e em 2002 éramos 17% de evangélicos), o que Deus não poderá fazer quando seu exército no Brasil corresponder a 50% de evangélicos?

Sabemos que a nossa fé pode mover montanhas: “Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: Vá daqui para lá, e ele irá. Nada lhes será impossível” (Mt 17.20).

Simultaneamente, e até como conseqüência da dedicação ao compromisso de ganhar esta nação, devemos nos lembrar do que a Palavra de Deus nos diz no Salmo 67.1,2: “Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, para que sejam conhecidos na terra os teus caminhos, a tua salvação entre todas as nações”

As pesquisas nos mostram o quanto temos sido abençoados por Deus como nação e o texto bíblico acima nos revela que o Senhor faz isso com um propósito: para que abençoemos também os outros povos.

Hoje, o Brasil tem acesso livre em muitas nações. E isso não deixa de ser um privilégio. Em qualquer lugar do mundo o brasileiro é sempre bem recebido e dispõe de certa liberdade para levar o evangelho. Além disso, muitos brasileiros têm origens em algumas dessas nações, o que pode facilitar o trabalho, tanto indo ao estrangeiro quanto alcançando essas “colônias” (grupos étnicos) dentro do nosso próprio país.



Fontes: http://juvep.com.br/v2/?p=1201
                         http://www.radarmissionario.org/zona-rural-do-sertao-nordestino-tem-apenas-01-de-evangelicos/
                        http://conexaoide.com.br/sobre/sertao/
                        http://juvep.com.br/v2/?page_id=693
                        http://www.icp.com.br/64materia1.asp
                       


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